As doenças fúngicas que atacam a soja são uma grande preocupação dos produtores brasileiros, pois limitam a produtividade, rendimento e lucratividade. Segundo a engenheira agrônoma da unidade de Cristalina-GO, Maíra Rodrigues da Silva, as principais doenças fúngicas que atacam a soja são a ferrugem asiática, antracnose, mofo branco, mancha alvo, oídio.



“Vemos que a ferrugem asiática se não manejada é uma doença que causa muitos danos e perdas na produção. O principal dano é a desfolha precoce, que interfere na formação dos grãos e causa a diminuição da produtividade”, destacou.
De acordo com Maíra, a ferrugem asiática se tornou uma das doenças de principal foco de controle. “A condição climática favorável para o desenvolvimento dessa doença são temperaturas variando de 18ºC a 28ºC e alta umidade. Ocorre principalmente na fase reprodutiva da cultura. Sua fácil disseminação ocorre através do vento, que leva os uredósporos por longas distâncias”, comentou.
Como principal característica, pode-se observar, utilizando lupas de 10 a 30 vezes de aumento, nas folhas inferiores, o aparecimento de saliências semelhantes a pequenas feridas, com pontos de coloração mais escura. Após o desenvolvimento do fungo no interior do tecido, ocorre a formação da estrutura de reprodução do fungo (urédias), onde são formados e disseminados os esporos.
A engenheira agrônoma orienta que o controle dessas doenças seja feito por meio do uso correto e consciente de fungicidas, aliado ao manejo correto da área e da rotação de culturas. “Juntamente com o uso das moléculas de fungicidas disponíveis no mercado, estão sendo utilizados os fungicidas protetores/multissítios que têm por finalidade proteger as moléculas e potencializar o uso dos demais fungicidas. Além disso, o controle e manejo tem que começar preventivamente, fazer rotação dos modos de ação dos fungicidas e, o principal, respeitar o vazio sanitário”, reforçou.
Maíra destaca que o produtor pode contar com a assistência do Detec, em que engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas estão capacitados a identificar essas doenças, trabalhando preventivamente e fazendo as recomendações necessárias e também podem acompanhar o manejo completo das lavouras, visando sempre as melhores produtividades com uso correto das tecnologias.
Capa: Ferrugem asiática (Arquivo CTC)
Redação C7 Comunicação